A bursite no quadril é uma inflamação em uma ou mais bursas presentes nesta região. Acomete as mulheres em 80% dos casos, geralmente, na faixa etária dos 50 anos de idade.
As bursas são estruturas que se localizam próximas às estruturas ósseas mais salientes e às articulações. São como pequenas bolsas de líquido que reduzem o atrito entre as estruturas, facilitando o movimento.
No quadril, existem diversas bursas das quais três localizadas na região do trocânter, sendo estas as mais frequentemente acometidas.
(Fonte: Alterado de Daniel L. Aaron, MD, et al – Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons )
Esta é uma doença que faz parte de uma síndrome que engloba outras desordens, chamada de Síndrome Dolorosa do Grande Trocânter.
O que causa a bursite no quadril?
A bursite no quadril é uma patologia comum que pode possuir algumas causas distintas, por exemplo:
- Uso excessivo da musculatura da região sem preparo adequado;
- Atrito repetitivo entre o grande trocânter e o trato iliotibial, que pode ser causado pelos exercícios;
- Desequilíbrios musculares;
- Traumas na região, que podem ser causados por quedas;
- Lesões no quadril;
- Problemas na marcha;
- Diferença no comprimento das pernas;
- Formato ginecóide do quadril, também conhecido como quadril largo, característico das mulheres.
(Fonte: Acessa)
Além disso, a bursite no quadril poderá ocorrer graças a fraqueza muscular, que pode fazer com que mesmo atividades leves sejam suficientes para causar lesões.
Quais sintomas da bursite no quadril?
O sintoma mais frequente desta patologia é a dor na parte lateral do quadril, também conhecida como região do grande trocânter, que é a proeminência óssea facilmente palpável quando tocamos esta região.
No geral, a dor pode irradiar para região glútea, inguinal (virilha) ou para coluna lombar (costas).
Além disso, poderá piorar ao ficar muito tempo de pé, ao caminhar, subir morros ou escadas e ao levantar-se quando o paciente está assentado.
Outra queixa comum é que muitas pessoas não conseguem dormir do lado afetado, o que pode interferir a qualidade do sono.
Como será feito o diagnóstico?
O diagnóstico da bursite é clínico, por isso é importante a consulta com o ortopedista especialista em quadril.
Dessa maneira, o especialista irá avaliar o caso de modo a excluir outras patologias que podem ter sintomas parecidos, por exemplo:
- Osteoartrose do quadril;
- Osteonecrose;
- Fratura por stress;
- Espondilose lombar;
- Radiculopatia;
- Estenose de canal.
Assim, os exames que podem auxiliar no diagnóstico são as radiografias (que excluem outros problemas associados, como artrose), ultrassonografia e ressonância magnética (sendo este o melhor exame para diagnosticar a bursite).
Como será o tratamento da bursite no quadril?
O tratamento para esta patologia terá como objetivo reduzir a inflamação, aliviar a dor e diminuir a sobrecarga na região.
Inicialmente, será feito com fisioterapia e uso de anti-inflamatórios. Além disso, poderão ser indicadas compressas frias na região.
Caso o tratamento conservador não melhore as condições do paciente, poderá ser necessário fazer a infiltração com corticosteróides na região para auxiliar na redução dos sintomas.
Assim, a cirurgia será feita apenas nos pacientes que não responderem a essas medidas não cirúrgicas e, na maioria dos casos, não será necessária.
É importante citar que, caso o quadro de bursite tenha sido provocado pela sobrecarga na região, será importante reduzir as atividades e trabalhar no fortalecimento muscular para que o paciente não apresente novamente os sintomas.
Existe alguma forma de prevenir a doença?
A prevenção da bursite no quadril envolverá a prática de exercícios físicos com acompanhamento ou orientação de um profissional da área.
Além disso, a execução de alongamentos será essencial, bem como respeitar os dias de descanso dos treinos para permitir que o corpo se recupere.
Tendo os sintomas citados neste artigo, será importante consultar o especialista em quadril para uma avaliação e tratamento adequados.