Infiltração no Joelho: Quando Fazer?

quando fazer infiltração no joelho

Você sabe quando fazer uma Infiltração no Joelho? Qual o tempo de duração dos efeitos de cada um dos medicamentos utilizados nesse procedimento? Quantas vezes é necessário realizar o tratamento? E se esse método terapêutico substitui a possibilidade de cirurgia?

A infiltração no joelho é um procedimento terapêutico alternativo realizado por médicos especialistas nas áreas de medicina esportiva, ortopedia, reumatologia ou fisiatria. 

Sugerido em casos de dores, lesões e/ou disfunções mais graves na região do joelho, nos quais métodos mais tradicionais e menos invasivos não são capazes de tratar o paciente.

Neste artigo, você saberá quando realizar uma Infiltração no Joelho, qual o tempo de duração dos efeitos de cada um dos medicamentos utilizados no procedimento, quantas vezes é necessário realizar o tratamento e se o mesmo substitui casos cirúrgicos. Acompanhe!

 

Quando fazer uma Infiltração no Joelho?

As infiltrações no joelho são recomendadas em casos considerados mais graves, como:

  • Quando atletas de alto rendimento sofrem de dores, rigidez ou fibroses;
  • Quando indivíduos sofrem algum tipo de contusão delicada ou situações de dores agudas;
  • Quando indivíduos têm algum tipo de doença degenerativa no membro.

As dores causadas por algum desses motivos relatados acima, em muitos casos, geram um grande desconforto no paciente, acometendo até mesmo sua qualidade de vida, pois esses problemas podem afetar o indivíduo de tal maneira, que o impede de realizar simples atividades cotidianas, por exemplo, levantar, deitar e andar.

O procedimento de infiltração no joelho somente é indicado para aquelas pessoas, nas quais os métodos tradicionais e menos invasivos não foram suficientes ou não surtiram efeito. Dentre os tratamentos, podemos citar:

  • Fisioterapia;
  • Medicamentos;
  • Exercícios de fortalecimento muscular da região do joelho.

Considerada uma técnica terapêutica e muitas vezes diagnóstica, a infiltração no joelho pode ser realizada por médicos especialistas nas áreas ortopedia, reumatologia, medicina esportiva e fisiataria. O método consiste em aplicar medicamentos na região do membro por meio de 3 técnicas distintas: 

  • Aplicação intra-articular;
  • Aplicação extra articular;
  • Aplicação nos nervos periféricos.

Abaixo, mostraremos qual medicamento é recomendado/utilizado para cada tipo de lesão.

 

Infiltração com anestésicos

Os anestésicos são considerados medicamentos mais brandos e de uso corriqueiro (dia a dia), recomendado para pacientes com dores agudas ou que estão programados para fazer cirurgia. 

Sua ação é instantânea, ou seja, controla rapidamente a dor sentida pelo indivíduo e tem efeito mais curto e dependente da dose aplicada.

Alguns problemas que esse tipo de medicamento pode tratar são: bursites e tendinites.

 

Infiltração com Ácido Hialurônico (Viscossuplementação)

A infiltração com Ácido Hialurônico, também conhecida por viscossuplementação, é indicado para pacientes que apresentam doenças degenerativas como artrose (osteoartrite), bem como condromalácia.

Com viscosidade semelhante a um gel, seu intuito é preencher os espaços da articulação, auxiliando na lubrificação local, como também aliviando as dores e desconfortos do indivíduo. 

Além disso, há indícios recentes de que esse medicamento pode contribuir também na proteção da articulação do joelho combatendo e desacelerando o avanço da artrose, por meio de seus efeitos condroprotetores, efeitos de proteção e até regeneração da cartilagem.

 

Infiltração com Corticosteróides

Os corticosteróides ou corticóides como também são conhecidos são medicamentos anti-inflamatórios extremamente fortes, sua utilização deve ser feita de maneira cautelosa e limitada para não danificar os tecidos do joelho. 

Eles são comumente aplicados sozinhos ou em conjunto com algum tipo de anestésico, com o objetivo de melhorar o quadro clínico da dor e da inflamação local.

Alguns problemas que esse tipo de medicamento pode tratar são: bursites, sinovites, síndrome da banda iliotibial e artrite reumatoide.

 

Infiltração com Plasma Rico em Plaquetas (PRP)

O plasma rico em plaquetas é considerado um procedimento autólogo e minimamente invasivo. Seu composto é rico em proteína e fatores de crescimento que proporcionam a aceleração do processo de cicatrização e regeneração de lesões nas regiões do tendão, ligamento, músculo e articulação. 

O método utilizando o PRP pode evitar que o paciente passe por cirurgias, reduzindo os níveis de dores e inflamações da região do joelho. Essa técnica também é aplicada como procedimento pós-cirúrgico, acelerando a restauração de tecidos lesionados.

Alguns problemas que esse tipo de medicamento pode tratar são: Osteoartrite/osteoartrose, tendinite e lesões musculares.

A técnica de uso do Plasma Rico em Plaquetas tem sido usada na medicina esportiva como alternativa para acelerar a regeneração de tecidos lesionados. O CFM orienta que o uso clínico do PRP seja considerado como tratamento promissor, mas ainda experimental. A intenção é possibilitar a realização de pesquisas para produzir dados científicos concretos que permitam a liberação do uso da técnica no Brasil com segurança.

O tratamento de doenças musculoesqueléticas com o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) foi definido como prática experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O Plenário da autarquia aprovou a Resolução 2.128/2015, que restringe o uso do PRP à experimentação clínica, dentro dos protocolos do sistema de Comitês de Ética e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP). De acordo com a norma, a atividade de pesquisa deve “ser conduzida em instituições devidamente habilitadas e que atendam às normas do Ministério da Saúde para o manuseio e uso de sangue e hemoderivados no país”, diz a resolução. Fonte: CFM

 

Infiltração com Células Tronco

O tratamento feito a partir das células tronco do indivíduo também é autólogo e minimamente invasivo. 

Os estudos científicos relacionados à efetividade desse tipo de infiltração ainda estão em fases iniciais e experimentais no Brasil e no mundo, mas algumas pesquisas apontam que as células tronco se mostraram eficazes na terapia contra o avanço da artrose no joelho.

Lembrando que, também neste caso, foi publicada a norma que regulamenta o uso de células-tronco e outros produtos usados em Medicina Regenerativa, para uso clínico no Brasil.

 

Quanto tempo dura o efeito de cada um dos medicamentos utilizados no procedimento?

 

A infiltração no joelho é um procedimento terapêutico eficiente, rápido e prático que atua diretamente no foco da dor proporcionando um alívio imediato ou prolongado ao paciente que vem enfrentando algum tipo de dor ou lesão, bem como auxiliam os indivíduos na reabilitação de doenças degenerativas que acometem as articulações do joelho.

Entretanto, independentemente do medicamento ou substância escolhida para o tratamento todos eles têm um tempo de duração do seu efeito. Os resultados proporcionados pela infiltração podem ser potencializados por meio da unificação com um planejamento estruturado de condicionamento e fortalecimento e melhora da amplitude de movimento da articulação, ou seja, o conjunto dos tratamentos colabora para o desenvolvimento e aceleração do processo de recuperação.

Cada um dos medicamentos aplicados têm seus tempos de duração do efeito, veja a seguir as respectivas durações:

  • Anestésicos: Atuam imediatamente no foco da dor e tem efeito de curto prazo a depender do anestésico utilizado;
  • Ácido Hialurônico: Seus primeiros efeitos podem ser observados nos primeiros dias logo após a infiltração, atingindo seu pico de ação, em média, 2 meses após o procedimento. Sua durabilidade é de 6 a 12 meses;
  • Corticosteróides: Sua ação é quase que imediata, podendo presenciar seus primeiros efeitos horas depois de sua aplicação. Em alguns casos, uma única infiltração é o suficiente  e não devem ser repetidos frequentemente pelo risco de enfraquecimento dos tendões e dano a sinóvia e cartilagem;

 

Quantas Infiltrações são necessárias para o tratamento?

A resposta para essa pergunta depende do nível/grau da dor, lesão e/ou disfunção do paciente, como seu corpo irá reagir diante da aplicação do medicamento, qual medicamento está sendo aplicado, o quanto o paciente está disposto e engajado com sua recuperação, realizando atividades paralelas para acelerar o processo, seguindo sempre as orientações médicas.

A quantidade de infiltrações a serem realizadas pode variar de acordo com o medicamento utilizado, por exemplo, corticosteróides não podem ser aplicados excessivamente, pois podem acometer em problemas mais graves ao joelho do paciente. Outro fator a ser levado em consideração é qual estratégia adotada pelo médico para o tratamento. O ácido hialurônico depende do tipo de ácido que está sendo aplicado. Existem ácidos de aplicação única, e ácidos que são recomendados três aplicações com intervalos de cerca de uma semana entre elas.

 

A Infiltração no Joelho substitui a possibilidade de cirurgia?

 

Não, em alguns casos ela pode auxiliar no tratamento, postergar algumas cirurgias como as artroplastias e  melhorar a dor do paciente, permitindo uma preparação mais adequada para a cirurgia.

A partir da leitura do texto, pode-se concluir que as infiltrações no joelho somente serão recomendadas pelos profissionais em casos de dores, lesões e/ou disfunções mais graves na região do membro, nos quais tratamentos como fisioterapia, medicamentos via oral e exercícios para fortalecimento muscular já não são suficientes para tratar as enfermidades do paciente.

Cada medicamento utilizado no tratamento tem seus próprios tempos de duração dos efeitos e novas aplicações dependem de inúmeros fatores e particularidades de cada indivíduo, bem como da correta indicação pelo médico.

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